[Aperfeiçoamento] Ares/Puriel.

Acordou naquela manhã, inquieto. Seu avô Inácio, o acordou as cinco horas da manhã. Por quê? — Acorde, acorde meu Neto. O dia está lindo! Digo, vamos ver o sol nascer, querido. — Dizia o velho com um tom de voz muito alto, um escândalo. O garoto ainda teve de forçar um sorriso-falso, o velho era maluco. Mas no fundo, Puriel achava aquilo engraçado. Fora apressado para ir logo escovar seus dentes e se trocar. — Vá logo, o Sol há de nascer! — Gritava o velho gagá.

O menino, terminou de se aprontar e logo, saiu com o avô para fora da casa, e observaram o nascer do Sol. Vislumbrou tudo aquilo com muita alegria, apesar do sono que estava. Após, foi tomar um café reforçado. Começou a pensar nas coisas da vida, e no que ele mais amava, o Futebol. Lembrou do jogo, que num dia anterior assistiu pela televisão, e viu um golaço de seu ídolo, um jogador que atualmente, estava no auge da fama.

Após refletir sobre tudo no ramo do futebol, decidiu-se que era muito ruim, com aquilo, nunca conseguiria ingressar num colégio poderoso, como aquele em que dizem que os Deuses jogam nele, o colégio Zeus. Caminhou em passos lagos para chegar logo no campinho de seu bairro, levava em suas costas uma mochila repleta de suplementos e coisas necessárias como água, bolsa da melhor marca de esportes atual, em seus pés calçava suas melhores chuteiras.

A cada momento esticava ainda mais seus passos, até chegar num momento onde corria com sua velocidade máxima, tudo para chegar loco no campinho. Quando chegou, a alegria era grande. Pegou uma bola e abriu um sorriso em seu rosto, como uma criança ao ganhar doces.

Levantou a bola, e aplicou seu melhor chute, em direção ao gol. Melhor dizendo, era sua melhor técnica. A bola estufou nas redes, e Puriel correra novamente em direção da bola, pegou-a e usou novamente de sua técnica, desta vez chutara na direção do outro gol. A bola estufou nas redes. Atravessou novamente o campo, pegou a bola e repetiu sua técnica, o vento de sua técnica fazia a bola ir em direção ao outro gol, novamente.

Repetiu aquilo inúmeras vezes, eu um mero narrador, não pude contar, quantas vezes o garoto chutou num gol, atravessou o campo e chutou no outro. Ele suava muito. O cansaço era imenso. Sofria de dor nos pés, por tanto correr, mas mesmo assim, continuava. Dominou a bola, levantou a bola, e aplicou um poderoso chute na mesma, a bola seguia com muita força graças a uma forte rajada de vento, típica daquela sua técnica, chamada de vento angelical, nome o qual ele mesmo nomeou.

A bola estufou nas redes do outro gol, e ele novamente atravessou aquele campo. Estava determinado a fazer isso inúmeras e inúmeras vezes, até quando se satisfaze-se, quando senti-se que a técnica estaria boa o suficiente. O garoto era muito determinado, ele queria seguir deu sonho o de ser um grande jogador de Futebol.

Aquilo foi repetido muitas e muitas vezes, quando o garoto finalmente cansou-se de vez, melhor dizendo, sua exaustão o fez desmaiar. Estava ali, deitado no meio do campo, completamente desmaiado. Por ironia do destino, o garoto em que ele mais odiava, Alfred um menino de sua classe, foi quem o viu. Nada de ruim aconteceu, Alfred, decidiu ajudar o seu até então inimigo, chamando sua mãe.  — Mamãe, Puriel está passando mau! — Gritou o garoto, e uma mulher surgiu. Olhou Puriel, e o cuidou.

Seus olhos foram abertos, Puriel estava novamente acordado, e desta vez, descansado. Visualizou o seu redor, e estranhou, pois obviamente não conhecia nada dali. Onde era? A casa de Alfred, o garoto que, como dito antes, Puriel odiava. Alfred assim como Puriel, adorava o Futebol, e os dois tinham rivalidade no meio deste esporte. Levantou-se do leito em que estava deitado, e se deparou com seu "arqui-rival" que sorriu. Explicaram-no tudo o que havia acontecido e da li, Puriel saiu.

Passou rapidamente no campinho, e então usou novamente da sua técnica, que estava da mesma forma, completamente. Detestou aquela situação, e para sua casa, retornou.

Parte dois;

Chegou em sua residência e tomou um banho. Deitou-se no sofá, e continuou a refletir. "Por que não consigo aperfeiçoar esta técnica, o que acontece?" Se perguntava, indignado. Acabou dormindo.

No meio de seu sono, um sonho complexo e para ele interessante, o fazia ficar extasiado, mesmo ali, dormindo. No sonho, via seu falecido Pai. Já era de costume que ele visse seu Pai em seus sonhos, afinal, aquela perda era de grande pesar para ele. Porém, quase sempre eram sonhos ruins - chamados na linguagem popular de pesadelo. Mas desta vez, era diferente. Era ótimo. Seu Pai o ensinava "a verdadeira maneira de chutar na bola".

Acordou, e pulou daquele sofá. Era noite. — Mãe, preciso ir para o campinho... — Murmurou. E sua mãe, deu um grito. — Está maluco moleque? São dez da noite! — Ela dizia.

Puriel indignado fora para seu quarto. Pegou sua bola, colocou novamente suas chuteiras. Abriu a janela do quarto, e dela saltou. A distância da janela para o chão era baixa, por isso seu "plano de fuga" fora bem sucedido. Correu para o campinho.

Quando chegou, algo o intrigou. Vários usuários de drogas estavam usando aquele campo, para usarem suas drogas ilícitas. O menino estava realmente maluco, pois mesmo assim, entrou naquele campo. Lançou a bola para o ar, e aplicou sua técnica da forma que sempre fazia com apenas um detalhe mudado: A forma de chutar a bola. Chutava da maneira em que aprendeu naquele sonho. A bola seguiu na direção do gol, de forma avassaladora. Sua potência era extremamente maior. Puriel agora, apressou-se em voltar para casa, para sua mãe não descobrir.

Quando chegou em sua casa, tratou de saltar naquela janela, para dentro de seu quarto. Mas tenho uma má noticia, quer saber qual é? Irei contar... Ele se confundiu, e entrou pela janela errada, acabou entrando no quarto de sua mãe. O resto, melhor nem dizer, certo? Espero que tenha gostado desta história, caro leitor.

Citação :

Lembrando que isso é "atemporal" considere que o tempo das ações em que narro, ocorre, antes mesmo de mim entrar pra Zeus. Linhas: 61.